Editorial

JORNALISMO É UM OFÍCIO PERIGOSO!


105 jornalistas foram assassinados em 2010 em 
33 Países mundo a fora 


 














O absurdo é que os jornalistas 
marcados para morrer são aqueles profissionais que mais se empenham para elucidar questões que deveriam merecer toda a atenção não apenas da massa popular, mais especialmente do Estado.


O chamado repórter investigativo é um profissional que esta sempre exposto na linha de tiro, ninguém gosta da sua companhia pelo elementar fato de que a qualquer momento pode ser objeto de um atentado. 
Ai perguntamos vale a pena entrar de corpo e alma a busca de provas para denunciar pessoas poderosas, gente que não tem limite quando se trata de levar vantagem em tudo que planeja arquitetar? 
Olhem no texto que segue o resultado prático de se tentar fazer um jornalismo decente, 
sem peias, sem necessariamente ter que dobrar a espinha para as exigências dos “donos do poder”.
Aliás é necessário dizer que nossos confrades, companheiros de tantas lutas jornalísticas em 
defesa dos menos favorecidos pela sorte, bem como do povo oprimido pelo poder, não apenas e tão somente  econômico, mais também do Estado via de regra sofre de outro tipo de atentado que não leva a morte imediata mas de forma lenta e gradual. Se trata dos miseráveis salários da paga destinada a categoria, que a bem da verdade desfruta de um certo status enquanto intelectual, mais por outro lado vive na penúria vez que seu ganho é insuficiente para se manter com a dignidade que merece ter juntamente com seus familiares. Já vimos muitos companheiros que ostentavam muitos títulos tudo pendurado na parede e eles propriamente dito pendurados no cartão de credito (sem crédito) para comprar um chinelo bambolê. Pode? Não deveria mais é assim mesmo que são tratados grande parte dos jornalistas que tanto contribuem para o desenvolvimento socioeconômico e cultura, do País e mais  especialmente de Mato Grosso.
O mais contundente exemplo do que se diz aqui,
é o triste e desigual tratamento dispensado ao jornalista Adeildo Lucena que tanto trabalho já prestou a Mato Grosso e agora doente e até já mutilado em função da patologia da qual foi acometido, vive dias de extrema dificuldade, e se não fosse sua filha e também jornalista Laura Lucena, por suposto já teria sucumbido literalmente. Onde esta o Estado que não ampara o cidadão Lucena? Quantos apaniguados do poder já foram aposentados com salários significativos? 
Vale acrescentar ainda que muitos daqueles que estão com o burrico na sombra, o único trabalho que tem na vida, é  ao final de cada mês, ir ao banco conferir o saldo e sem qualquer preocupação com problemas de ordem econômica e financeira seguem a rotina de passar cartão e levar pra casa tudo que precisa para ficar no bem bom. Enquanto isso, outros só não vão pra rua empurrar carrinho e vender picolé, por não ter saúde nem mesmo pra levantar da cama sem a ajuda de alguma alma piedosa. A esses  podemos dar o nome de morto vivo. Ou não é isso? Certamente sim! Enquanto jornalistas padecem por falta de recurso de ordem material, os proprietários dos chamados conglomerados de comunicação vivem nababescamente faturando milhões e pousando de donos da verdade. As verbas institucionais destinadas as campanhas publicitárias de interesse do governo municipal estadual e da união são rateadas entre aqueles já identificados aqui, para a chamada imprensa nanica só migalhas.E necessário dizer por exemplo,  que essa tal chamada grande imprensa não chega aos extremos do nosso território, muito só conseguem atravessar a Ponte Julio Muller e do Coxipó dado a insignificância de suas tiragens, e o péssimo conteúdo das suas programações, enquanto isso os pequenos veículos do interior atingem o público alvo da comunidade onde estão instalados. Temos visto o jornalista Bentinho da ADJORI correndo trecho no sentido de viabilizar uma distribuição da mídia oficial para os associados da ADNJORI sem no entanto lograr o êxito que deveria. Não se sabe até quando essa situação caótica vai durar, mas uma coisa é certa isso precisa mudar e com a urgência que o caso requer. 


Veja o que segue:

Apenas em 2010, 105 jornalistas foram assassinados em 33 países. Nos últimos cinco anos, 
529 profissionais de imprensa foram vítimas de violência em decorrência do trabalho. No mundo, a América Latina é o lugar mais perigoso para a imprensa atuar, segundo a organização não governamental Campanha Emblema de Imprensa (cuja sigla em inglês é PEC). O México e o Paquistão são considerados os países mais arriscados. Na América Latina, os campeões em assassinatos de jornalistas são México, Honduras, Colômbia e Brasil. 
De acordo com a entidade, a América Latina é o lugar mais perigoso para os jornalistas com 35 profissionais mortos durante o ano. A Ásia vem em segundo, com 33, e a África, em terceiro, com 14 mortos. No Oriente Médio, 11 profissionais foram mortos e, na Europa, 12 jornalistas foram assassinados em 2010. De acordo com o relatório da organização, dois profissionais de imprensa são mortos, em média, por semana no mundo. Mas 2010 foi classificado como um ano melhor em comparação a 2009 – que registrou 122 jornalistas assassinados incluindo um massacre nas Filipinas. Porém, neste ano foram registradas mais mortes do que em 2008 – quando 91 profissionais morreram. O secretário-geral da entidade, Blaise Lempen, comparou os assassinatos de jornalistas a “uma epidemia sem cura”. De acordo com Lempen, a comunidade internacional precisa buscar mecanismos para conter o avanço desses crimes contra os profissionais de imprensa. Pelos dados do relatório divulgado hoje (27), no México e Paquistão, 14 jornalistas foram mortos ao longo deste ano. Em Honduras, houve nove casos, no Iraque, oito mortos, e nas Filipinas seis profissionais foram assassinados. Na Rússia, foram registrados cinco assassinatos. Na Colômbia, quatro, assim como no Brasil e na Nigéria. Somália, na Indonésia e no Nepal registraram três jornalistas assassinados. 
Nos últimos cinco anos, os números de jornalistas assassinados, segundo a organização totalizam : 529 na seguinte ordem: 105 em 2010, 122 em 2009, 91 em 2008, 115 em 2007 e 96 em 2006. De acordo com a PEC, durante o período 2006-2010 o Iraque superou o mundo como o país mais perigoso, com 127 jornalistas mortos. A estatística é da lavra da equipe de jornalismo da 
(Agência Brasil).